Depois dos anúncios milionários e acordos surpreendentes, a dura vida dos negociadores em Glasgow
As análises ao redor do mundo, inclusive esta da Reuters, apontam para um tom mais ou menos parecido sobre o êxito das negociações climáticas em curso em Glasgow. Existe um otimismo cauteloso no ar, ainda mais depois que o próprio Brasil resolveu assinar o acordo sobre florestas, mesmo que, na prática, nada muito substancial tenha sido feito ainda por Brasília.
Um dos pontos do debate é o desfecho do Artigo 6, que consta do Acordo de Paris, fechado em 2015. Em linhas gerais, o intrincado conjunto de regras, ou “texto bizantino” como classifica a Reuters, vai definir o que um país ou empresa precisa fazer para poder vender créditos de carbono para alguém. É bom que se diga que tanto o mercado europeu quanto o chinês, atrelados aos créditos de carbono, funcionam muito bem sem o tal Artigo 6. No Brasil, existe um projeto de lei no Congresso que visa criar condições para que um mercado de carbono nacional se estruture.
À Reuters, o negociador-chefe do Brasil, Leonardo de Athayde, disse que o Brasil está na COP com o desejo de trabalhar para que o Artigo 6 seja resolvido. Em reuniões anteriores, a delegação brasileira colocou uma série de empecilhos sobre a mesa, o que dificultou as negociações.
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