O ex-ministro da Fazenda, que agora se dedica ao estudo do mercado de carbono, diz que o desmatamento precisa regredir para os níveis de 2012
Como os investidores internacionais estão muito interessados nas métricas do desmatamento da Amazônia, é importante que o Brasil consiga controlá-lo, segundo Joaquim Levy, Ex-ministro da Economia. Nos cálculos do economista, um nível aceitável seria os que foram verificados em 2012.
Naquele ano, os dados do INPE aferiram que 4,5 mil km2 de floresta tombaram. Isso representa menos da metade dos 11 mil km2 registrados entre 2019 e 2020. “O que chama atenção aqui e ao redor do mundo é que nós vemos a sociedade, o setor privado e as empresas, às vezes, com uma ambição e uma atividade mais intensas do que os próprios governos (para combater o aquecimento global)”, afirmou Levy, em entrevista à BBC Brasil.
Segundo o também ex-presidente do BNDES, métricas mais favoráveis ao controle do desmatamento, por parte do Governo Federal, daria mais conforto para os investidores internacionais aportarem recursos no Brasil. “Eu acho que, nessas coisas, a gente tem de ter uma diplomacia de resultados. Será importante para o Brasil voltar a baixar os níveis de desmatamento pelo menos para o patamar que já tivemos há dez ou oito anos.”
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