Acre deve apresentar durante a COP26 suas políticas ambientais que começam a dar resultados positivos, porém ainda enfrentam desafios, segundo especialista
O Acre está na lista dos estados brasileiros que vão levar à Glasgow exemplos de políticas públicas ambientais que começam a mostrar resultados. Um deles refere-se às ações em curso na Terra Indígena Puyanawa.
O principal foco do trabalho com os indígenas envolve a redução do desmatamento, reaproveitando o uso de áreas que já foram alteradas. Em uma região de 24 mil hectares, apenas 5,8% foi modificado. Com a floresta voltando a crescer em parte do território, os donos da terra, na cidade de Mâncio Lima, vão poder, provavelmente, se beneficiar da emissão de créditos de carbono.
O Acre criou, há dez anos, o seu próprio sistema de compra e venda de emissão de créditos, como será mostrado na Conferência do Clima, que terá início na próxima semana, na Escócia.
Apesar dos avanços que estão sendo levados para a COP, existem muitos desafios ambientais no território acreano. Um dos principais, segundo Sonaira Silva, pesquisadora da Universidade Federal do Acre, é encontrar formas de extrair as riquezas que a floresta oferece de forma realmente sustentável.Ao G1 Amazônia, a pesquisadora afirmou: “É preciso conciliar e encontrar formas de desenvolvimento que não sejam mais os padrões visualizados na Amazônia, como a pecuária extensiva, os monocultivos (…) que a gente pense em um desenvolvimento mais diversificado que possa, de fato, entender as potencialidades da floresta em pé, no seu extrativismo, na sua produção de madeira, mas com sistemas agrícolas que sejam mais sustentáveis.”
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