Em artigo na Nature, empresa relata o que aprendeu e pede investimentos em tecnologia
Muitas empresas vêm se dedicando a apoiar soluções baseadas na natureza, como o plantio de árvores, a fim de lidar com a questão da emissão de carbono. Isso acontece porque outras formas de tecnologia para sequestrar carbono são muito caras atualmente e, portanto, pouco atraentes. No entanto, é necessário mudar essa tendência, argumenta a Microsoft em artigo publicado na Nature, na última quarta-feira. “É mais barato e mais fácil plantar árvores e enriquecer o solo do que utilizar tecnologias nascentes que capturam carbono e o armazenam de forma geológica”, diz o artigo.
Em janeiro de 2020, a Microsoft anunciou que pretende, até 2030, retirar mais dióxido de carbono da atmosfera do que emite. E até 2050 quer ter zerado todas as emissões que fez desde sua fundação, em 1975. São metas audaciosas e corajosas, escreve a CNBC. Um ano depois de anunciar seus planos, a Microsoft afirmou que havia comprado a retirada de 1,3 milhão de toneladas métricas de carbono de 26 projetos no mundo.
O artigo na Nature resume o que a empresa aprendeu. Quando analisava propostas para remover carbono da atmosfera, a maioria era de projetos que sequestrariam o carbono por menos de 100 anos. Para deixar claro, a Microsoft apoia o plantio de árvores. Mas sabe que isso não é suficiente.
Para a empresa, o mercado de sequestro de carbono ainda é pequeno e precisa não somente aumentar, como melhorar. É necessário que haja mais investimento para desenvolver tecnologias. Alguns aspectos também precisam ser padronizados. Por exemplo, hoje em dia não existem ferramentas confiáveis que meçam a emissão de carbono. E estimar as emissões em uma cadeia de suprimentos completa ainda é muito difícil, porém vital, afirma.
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