Governo do Pará havia ficado indignado com o plano; empresa comunicou formalmente a desistência ao IBAMA

O plano da concessionária Norte Energia, dona da hidrelétrica de Belo Monte, de queimar mais de 3,5 mil metros cúbicos de madeira em bom estado, parece ter se transformado em cinzas. Na segunda-feira, dia 27, uma semana depois que o documento em que pedia ao IBAMA para usar a madeira nos fornos de siderurgia foi divulgado pelo O Estado de S. Paulo, a Norte Energia comunicou formalmente ao IBAMA que estava suspendendo a solicitação.

Entre os 3,5 mil metros cúbicos, 2 mil são compostos por toras de madeira nobre e protegida por lei federal. A madeira foi cortada durante a construção da hidrelétrica e está no pátio da empresa. Outros 18.497 metros cúbicos estão em estado não aproveitável. Na semana passada, a Norte Energia não respondeu ao pedido feito pelo repórter André Borges sobre mais informações referentes ao plano de queimar a madeira. Ontem, depois de confirmar que havia desistido do pedido, informou ao Estado de S. Paulo que a maior parte da madeira extraída, protegida por lei, vem sendo utilizada em ações sociais para beneficiar ribeirinhos e indígenas.

Na semana passada, quando soube do plano da Norte Energia, o governo do Pará reagiu com indignação, dizendo que adotaria medidas para que o material tivesse destinação social. Agora, a Norte Energia afinou o discurso, afirmando já fazer isso.


Este conteúdo pode ser republicado livremente em versão online ou impressa. Por favor, mencione a origem do material. Alertamos, no entanto, que muitas das matérias por nós comentadas têm republicação restrita.

Aqui você encontra notícias e informações sobre estudos e pesquisas relacionados à questão do desmatamento. O conteúdo é produzido pela equipe do Instituto ClimaInfo especialmente para o PlenaMata.

Se você gostou dessa nota, clique aqui e assine a Newsletter PlenaMata para receber o boletim completo diário em seu e-mail.