Há algum tempo ativistas de direitos humanos e investidores com consciência ambiental pediam que a empresa tomasse essa atitude
A Vale desistiu de fazer mineração em terras indígenas do Brasil. O cancelamento de todos os pedidos de pesquisa e lavra de direitos minerários deve ser protocolado junto à Agência Nacional de Mineração (ANM) nos próximos dias. A ANM poderá decidir então como e quando retornará esses direitos ao mercado, informa Vanessa Adachi, da Reset.
A Vale já não minerava ou fazia pesquisas em territórios indígenas e não tinha planos nesse sentido para o futuro. Há algum tempo ativistas de direitos humanos e investidores com consciência ambiental pediam que a empresa tomasse essa atitude, mas restava a dúvida se a Vale realmente assumiria o compromisso de cancelá-los. Os pedidos de lavra e pesquisa eram uma herança da época em que a Vale era uma empresa estatal, mas de 2020 a 2021, ela já havia desistido de 89 deles. Restavam 24 em seu portfólio. Atualmente, empresas mineradoras de todo o mundo assumem que a exploração de atividades econômicas em terras indígenas só pode ser feita mediante Consentimento Livre, Prévio e Informado (CLPI ou FPIC, na sigla em inglês) dos indígenas. Trata-se de um direito reconhecido pela ONU. No Canadá, a Vale tem atividades de mineração com o consentimento das comunidades de povos originários na região da Baía de Voysey.
Este conteúdo pode ser republicado livremente em versão online ou impressa. Por favor, mencione a origem do material. Alertamos, no entanto, que muitas das matérias por nós comentadas têm republicação restrita.
Aqui você encontra notícias e informações sobre estudos e pesquisas relacionados à questão do desmatamento.
O conteúdo é produzido pela equipe do Instituto ClimaInfo especialmente para o PlenaMata.
Se você gostou dessa nota, clique aqui e assine a Newsletter PlenaMata para receber o boletim completo diário em seu e-mail.