O Painel Científico para a Amazônia (SPA, na sigla em inglês) apresentou na 2ª feira (20/9) o resumo executivo de seu relatório sobre o estado da arte da ciência ambiental relativo à maior floresta tropical do mundo.
O Painel Científico para a Amazônia (SPA, na sigla em inglês) apresentou na 2ª feira (20/9) o resumo executivo de seu relatório sobre o estado da arte da ciência ambiental relativo à maior floresta tropical do mundo. Fruto de um esforço de mais de 200 cientistas, o documento traz também alertas e recomendações de ação para o Brasil proteger esse importantíssimo patrimônio natural.
O relatório será apresentado na íntegra durante a próxima Conferência da ONU sobre o Clima, a COP26, em novembro. Cleide Carvalho deu mais detalhes n’O Globo.
Uma das conclusões do documento é que a Amazônia está se aproximando rápida e perigosamente de um ponto de não-retorno. Para evitar o pior, o poder público brasileiro precisa decretar uma moratória imediata do desmatamento, legal ou ilegal. A maior parte do desmatamento amazônico aconteceu no Brasil, país que perdeu 451.237 km2 de floresta até o ano passado. De acordo com o relatório, cerca de 17% da área da floresta se converteu em lavoura ou pasto e outros 17% foram degradados.
O relatório destaca também o impacto potencial da destruição florestal da Amazônia sobre o clima global: a bacia do Amazonas serve como um sistema de “resfriamento” no interior do continente sul-americano, permitindo temperaturas mais amenas e chuvas no centro-sul do Brasil, além do Paraguai, Uruguai e Argentina. A região é responsável pela maior descarga fluvial da Terra, com 16%-22% do total de rios que chegam aos oceanos no mundo.
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