Apesar de ser um dos assuntos relacionados ao meio ambiente mais discutidos ultimamente, não existe uma forma única ou determinada de tratar da bioeconomia

Apesar de ser um dos assuntos relacionados ao meio ambiente mais discutidos ultimamente, não existe uma forma única ou determinada de tratar da bioeconomia – e esse será um dos pontos abordados no Fórum Mundial sobre Bioeconomia, que acontecerá pela primeira vez fora da Finlândia. Ele será realizado no Pará, entre os dias 18 e 20 de outubro.

Marcello Brito, presidente da Associação Brasileira do Agronegócios (ABAG) e responsável por trazer o fórum ao Brasil, sabe que ainda não existe aqui um conceito estabelecido. Por um lado, existe a bioeconomia de setores como papel e celulose, alimentos e cosméticos. De outro, a sociobiodiversidade, com produtos de todos os biomas. Trazer o debate para a Amazônia, diz ele, tem como objetivo mostrar o potencial da região, gerar debate entre a elite local e incentivar um novo tipo de desenvolvimento.

A Daniela Chiaretti, do Valor Econômico, Jukka Kantola, fundador do Fórum Mundial de Bioeconomia, destacou que no Pará, o debate será certamente abordará aspectos diferentes da Finlândia. No país nórdico, a bioeconomia tem como base a indústria de papel e celulose e a economia circular. “Ativos biológicos como florestas não devem ser apenas olhados como preservação, mas podem ser explorados de maneira sustentável. É o que fazemos na Finlândia.”

“Não existe um único conceito de bioeconomia, assim como não existe uma única Amazônia. Precisamos discutir qual bioeconomia queremos”, disse Camille Bendahan Bemerguy, diretora de bioeconomia, mudanças climáticas e serviços ambientais da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará, no lançamento do fórum.

Sessenta palestrantes, de 51 países, incluindo o Brasil, debaterão o tema, dividido em quatro focos diferentes: estratégias de bioeconomia entre os países; experiências empresariais; cadeias de valor e mercado; e o futuro.

Em tempo: Ontem, um grupo de especialistas em floresta Amazônica participou de debate online sobre Bioeconomia para o Brasil e a Amazônia, como preparação para o Fórum Mundial de Bioeconomia. O evento internacional, disse Ana Euler, pesquisadora da EMBRAPA (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) e engenheira florestal pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), será uma ótima oportunidade para a região expor sua realidade. “Um dos desafios em termos de bioeconomia na Amazônia é uma infraestrutura que possa nos conectar com o mundo, que possa nos dar este protagonismo em dizer para o mundo sobre os modelos de desenvolvimento, de bioeconomia, que nós queremos”, disse, de acordo com a Agência Pará.

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