A gigante norte-americana pretende usar os créditos de carbono gerados pelos projetos para fazer o offset de suas emissões
No início de setembro, a empresa norte-americana Amazon e a The Nature Conservancy (TNC) lançaram um programa para o reflorestamento de áreas degradadas na Amazônia, que prevê ajuda a cerca de 3 mil agricultores locais. Batizado de “Agroflorestry and Restoration Accelerator”, ou Acelerador de Agrossilvicultura e Restauração, a iniciativa não é somente filantrópica, explica o Mongabay. Mas a TNC e outras organizações sem fins lucrativos darão apoio local aos interessados. Aliás, a TNC já tocou projetos-piloto na região. A Amazon, que fará os investimentos e dará assistência técnica aos agricultores, receberá créditos de carbono em troca. Nos primeiros três anos, a previsão é que sejam restaurados cerca de 20 mil hectares, o que removeria, segundo a empresa, até 10 milhões de toneladas métricas de CO2 da atmosfera até 2050. “Acreditamos que há mais de 40 mil agricultores que poderiam se beneficiar de um programa como este na região, e isso exigiria uma escala significativa de investimento”, disse James Mulligan, cientista sênior da Amazon, ao Mongabay.De acordo com os desenvolvedores do projeto, quando a cadeia de produção estiver estabelecida, será possível construir e melhorar a infraestrutura relacionada aos créditos de carbono, além de monitorar a região por imagens de satélite e fazer supervisão in loco. Outros investidores poderão aderir ao projeto.
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