O que é a COP15?

BIODIVERSIDADE

A 15ª Conferência da ONU sobre Diversidade Biológica acontece entre 7 e 19 de dezembro, em Montreal, Canadá.

Assim como a COP27, que é a conferência do clima, a COP15 da biodiversidade reúne os quase 200 países membros da ONU. O nome 'COP' é uma abreviação para Conferência das Partes (Conference of the Parties, em inglês).

A COP15 da biodiversidade propõe acordos entre os países para garantir a preservação das várias formas de vida do planeta.

A conferência defende um tripé para proteção do meio ambiente: conservação, uso sustentável e uma divisão justa dos benefícios gerados pela grande variedade dos seres vivos.

Por causa da Covid-19, a COP15 precisou ser adiada e ‘parcelada’. A primeira etapa ocorreu na China, em 2021. A segunda ocorreu no Canadá, em março deste ano.

Agora, até 19 de dezembro, os países estão mais uma vez reunidos no Canadá para uma etapa final: definir o Marco Global da Biodiversidade (GBF) que guiará ações voltadas à conservação até 2030.

Um dos principais pontos é a garantia da conservação de pelo menos 30% das áreas terrestres e marinhas até 2030, meta que ganhou o apelido de “30 por 30”.

Há, ainda, uma proposta em destaque para a criação de um fundo de US$ 200 bilhões por ano para auxiliar os países em desenvolvimento a cumprirem os acordos de conservação.

E o que a Amazônia tem a ver com isso? Tudo.

E o que a Amazônia tem a ver com isso? Tudo.

A Amazônia é um dos ecossistemas mais ricos do planeta: estima-se que de

10% a 15% de toda a diversidade global

catalogada está na floresta da América do Sul.

A Amazônia é um museu a céu aberto, com uma riqueza e um conhecimento que a gente não tem domínio. A cada expedição ambiental, nós descobrimos novas espécies

- Michel Santos, gerente de Políticas Públicas do WWF-Brasil.

A destruição da floresta, como o desmatamento massivo em grandes áreas, leva a uma redução da variedade de espécies e danifica o ecossistema por anos e até décadas.

Outro ponto que torna a Amazônia uma região única é a interação milenar dos povos tradicionais com toda essa biodiversidade. Esse conhecimento precisa ser estudado, preservado e respeitado.

E tudo isso está conectado com as questões climáticas: as decisões interferem nas emissões de gases e na realidade socioeconômica dos países. Afinal, os limites geográficos só existem nos mapas.

REPORTAGEM Leandro Chaves TEXTO E EDIÇÃO Carolina Dantas FOTOS UNFCCC; Valdemir Cunha/Greenpeace; Fábio Nascimento/Greenpeace; John Novis/Greenpeace; Anderson Barbosa/Greenpeace; Rogério Assis/Greenpeace; IISD/ENB. IDENTIDADE VISUAL Clara Borges Montagem  Luiza Toledo