Desmatamento da Amazônia em setembro de 2021 foi de 985 km², só menor que os 1.454 km² de setembro de 2019

Os alertas de desmatamento da Amazônia brasileira somaram 985 km² em setembro, mostra o sistema DETER-INPE. É o segundo pior setembro da série histórica, atrás somente de setembro de 2019, quando a soma destes alertas atingiu 1.454 km². Nos últimos três anos, a média de desmatamento ficou 85% mais alta do que nos três anos antes do governo Bolsonaro.

Para Cristiane Mazzetti, porta-voz da campanha Amazônia do Greenpeace, os dados mostram o efeito da política do governo federal, claramente contrária ao clima, à biodiversidade e aos povos da floresta. “O patamar de destruição assumiu níveis muito superiores, e inaceitáveis, perante à emergência climática que vivemos no Brasil e no mundo”, disse ela ao G1.

O Pará continua na liderança, com 328 km², seguido pelo Amazonas, com 229 km², e Rondônia, com 209 km². No primeiro semestre deste ano, a área sob alerta de desmatamento foi de 3.609 km², a maior em seis anos. Março, abril, maio e junho registraram recordes.

E não é só isso. Em julho, foi registrado o maior número de focos de incêndio na Amazônia, o pior em 14 anos. O DETER não produz dados oficiais sobre o desmatamento, apenas alertas de onde este está acontecendo. A medição oficial é feita pelo sistema PRODES e, como os números costumam ser maiores do que os do DETER, as perspectivas não são nada boas.

O Mongabay também traz dados sobre desmatamento no Brasil.


Este conteúdo pode ser republicado livremente em versão online ou impressa. Por favor, mencione a origem do material. Alertamos, no entanto, que muitas das matérias por nós comentadas têm republicação restrita.

Aqui você encontra notícias e informações sobre estudos e pesquisas relacionados à questão do desmatamento. O conteúdo é produzido pela equipe do Instituto ClimaInfo especialmente para o PlenaMata.

Se você gostou dessa nota, clique aqui e assine a Newsletter PlenaMata para receber o boletim completo diário em seu e-mail.