Angela Mendes, filha do ativista Chico Mendes, defende criação de relatoria para avaliar a crise climática
Durante a reunião do Conselho de Direitos Humanos da ONU, na 2a feira, a organização apresentou um relatório onde se colocou contra o racismo ambiental. “A raça foi utilizada para normalizar a exploração e o descaso, abrindo oportunidades para gerar lucro às custas da vida, dos recursos e das terras das pessoas”. De acordo com o documento oficial, “o racismo ambiental refere-se à injustiça ambiental na prática e nas políticas”.
Às vésperas do encontro da cúpula do Clima, em Glasgow, e frente a críticas para que reconheça a dimensão racial da crise climática, o governo de Jair Bolsonaro questionou o uso do conceito pela ONU. Um representante do Itamaraty afirmou que o termo não é aceito pelo governo. “Para o Brasil, a discussão sobre a relação entre problemas ambientais e questões sociais, como racismo, deve levar em consideração um enfoque equilibrado e integrado à dimensão social, econômica e ambiental”, alegou, de acordo com Jamil Chade, do UOL.
Angela Mendes, filha do ativista Chico Mendes, defendeu, durante a reunião, a ideia de se criar uma relatoria para se avaliar a crise climática e inspecionar os países. “Fazemos um chamado aos membros do Conselho de Direitos Humanos da ONU para que aprovem o projeto”, pediu. Ela falou em nome de 34 entidades brasileiras e internacionais, como OAB, Amazon Rebellion, Articulação dos Povos Indígenas do Brasil, Comitê Chico Mendes, Conselho Indigenista Missionário e Human Rights Watch.
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