Emissões na Pan-Amazônia

MUDANÇAS CLIMÁTICAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS

Para entender, a gente precisa voltar para 1985. Naquele ano, a área de vegetação nativa da Pan-Amazônia era de 774 milhões de hectares, quase o tamanho da Austrália.

Já em 2020, a vegetação da Pan-Amazônia era de 699 milhões de hectares.

Uma perda de floresta nativa de quase 10% O que aconteceu?

O crescimento da agropecuária foi a principal causa da destruição, passando a ocupar 73,5 milhões de hectares na região - o que corresponde a 98,5% do total desmatado de 1985 a 2020 na Pan-Amazônia.

As árvores entram em decomposição após a devastação, liberando o estoque de carbono que deveria ficar intacto.

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Por isso, a perda de vegetação nativa nos países da Amazônia entre 1985 e 2020 resultou na emissão bruta de 45,1 bilhões de toneladas de CO2, um dos principais gases do efeito estufa.

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de toneladas brutas

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Em todos esses anos, a agropecuária foi responsável por quase todo o desmatamento na Amazônia brasileira.

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Em 1985, a atividade ocupava 7,28% do território (38 Mha). Em 2020, a área destinada à agropecuária mais que dobrou, passando a cobrir 18,7% da Amazônia brasileira (98 Mha).

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(38 Mha) em 1985

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A criação de gado demanda uma grande área de terra. A plantação de soja e milho para ração animal também é parte do processo. E isso tudo se traduz em desmatamento, que, por sua vez, aumentam as emissões.

Luciana Gatti, pesquisadora do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) Luciana Gatti, pesquisadora do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe)

REPORTAGEM Leandro Chaves EDIÇÃO Carolina Dantas FOTOS Victor Moriyama / Amazônia em Chamas; Bruno Kelly / Amazônia Real; Wilson Dias/Agência Brasil IDENTIDADE VISUAL Clara Borges Montagem Luiza Toledo Leia a reportagem completa Leia a reportagem completa

Emissões na Pan-Amazônia

Entre os 9 países da Amazônia, o Brasil é responsável por 70% de todo o carbono emitido. Mas qual é a causa?

Para entender, a gente precisa voltar para 1985. Naquele ano, a área de vegetação nativa da Pan-Amazônia era de 774 milhões de hectares, quase o tamanho da Austrália.

1985

1985

Já em 2020, a vegetação da Pan-Amazônia era de 699 milhões de hectares.

2020

2020

Uma perda de floresta nativa de quase 10% O que aconteceu?

O crescimento da agropecuária foi a principal causa da destruição, passando a ocupar 73,5 milhões de hectares na região - o que corresponde a 98,5% do total desmatado de 1985 a 2020 na Pan-Amazônia.

As árvores entram em decomposição após a devastação, liberando o estoque de carbono que deveria ficar intacto.

Na Amazônia, o desmatamento é a principal causa de liberação de carbono.

Na Amazônia, o desmatamento é a principal causa de liberação de carbono.

E o que isso tem a ver com emissões de gases do efeito estufa?

Por isso, a perda de vegetação nativa nos países da Amazônia entre 1985 e 2020 resultou na emissão bruta de 45,1 bilhões de toneladas de CO2, um dos principais gases do efeito estufa.

de toneladas brutas

de toneladas brutas

31,3 bilhões

70%

de tudo que foi emitido nos 9 países da Amazônia entre 1985 e 2000.

de tudo que foi emitido nos 9 países da Amazônia entre 1985 e 2000.

Desse total de CO2 liberado, o Brasil foi responsável por

Desse total de CO2 liberado, o Brasil foi responsável por

Em todos esses anos, a agropecuária foi responsável por quase todo o desmatamento na Amazônia brasileira.

Em todos esses anos, a agropecuária foi responsável por quase todo o desmatamento na Amazônia brasileira.

Em 1985, a atividade ocupava 7,28% do território (38 Mha). Em 2020, a área destinada à agropecuária mais que dobrou, passando a cobrir 18,7% da Amazônia brasileira (98 Mha).

(38 Mha) em 1985

(38 Mha) em 1985

7,28%

18,7%

(98 Mha) em 2020

(98 Mha) em 2020

Mais do que o dobro da ocupação da Amazônia brasileira em 35 anos

Mais do que o dobro da ocupação da Amazônia brasileira em 35 anos

A criação de gado demanda uma grande área de terra. A plantação de soja e milho para ração animal também é parte do processo. E isso tudo se traduz em desmatamento, que, por sua vez, aumentam as emissões.