Oreme Otumaka, do povo Ikpeng, do Xingu, entende que onde quer que esteja, continua sendo natureza. Ativista ambiental, membro da Rede Amazônia Viva, cursa engenharia florestal na Universidade Federal de São Carlos (UfSCar).
Em 2009, aos 16 anos, ele assumiu a coordenaçãodo Movimento das Mulheres Yarang de Coleta de Sementes, fundado com a participação de sua mãe.
O movimento começou com 15 mulheres e hoje conta com mais de 100. As sementes são vendidas para restauração de áreas degradadas, gerando renda para a comunidade e conservando o Xingu.
“O Xingu é uma ilha de floresta cercada por um mar de monocultura de soja. A terra indígena tem sofrido enorme tensão por isso e já sentimos solo e clima mais quentes, redução das chuvas e poluição das águas”, conta Ikpeng, que se tornou um semeador da conservação do Xingu nas redes sociais.
“Precisamos rever nosso modo de vida e consumo, porque se trata de garantir nossa sobrevivência, pois somos todos natureza.”
Oreme faz parte da Rede Amazônia Viva, uma comunidade de pessoas e instituições, de dentro e fora da Amazônia, que mobiliza a sociedade pela conservação da floresta e valorização de seus povos. Você também pode fazer parte desse movimento.